domingo, outubro 22, 2006

aboio.


Aqui nesse cantim de mundo.
as casinhas são bem juntinhas,
as calaçadas abarrotadinhas de conversas
e naquela esquina de encruzilhada
tem sempre uma cantoria ou uma batucada.

Aqui a gente escuta os aboios sem boiadas.
os aboios que vem de lá do interiorzinho de cada um que passa por aqui,
lá eles aboiavam só boi
mas aqui se aboia de tudo
o aboio aqui não é pra tanger é pra chamar:
um cherim verde,
um oim di aio,
uma escuta de músicas,
um gostim de pirulito feito somente de açucar
e um tatear de redinha
por aqui quase todo mundo tem rede, rede aqui é um balançar.

E de vez em quando passam uns aboios mais altos
lá se vem @s boiadeir@s da arte
com seus tambores, suas alfaias, zabumbas e batucadas,
perna de pau e pau de fitas,
uma criançada de roupa engraçada,
um monte de gente tocando, cantando e dançando.

Nesse aboio todo não passa um boizim?
mas lá se vem o boi,
por aqui só tem ele é o surubim
passa dançando e rodando sua saia de chita.

Passam pela Fumaça,
pelo Planalto,
pela Tongil,
pelo Feijão,
pelo Inferninho
em cortejo vão até a lua.

Vão cortejando tudo vão cortejando o mundo...

quinta-feira, outubro 19, 2006

aff tudo por causa de um cabelo...

_ minina tu cortou o cabelo?
_ahã!!!
_ quando você tinha o cabelo grande parecia uma mocinha descente. mas agora tá v um homi.
_ ai é?!
_ na biblia diz que se vc cortar a pontinha do cabelo que meta a navalha.
_pois é eu meti a navalha num foi?!
_ vamu pra igreja.
_não posso.
_a gente ter ki ter tempo pra deus.
_é mais eu naum posso.
_olha eu venho aki na sua casa.
_vc me desculpe mais eu não quero ir.
_pq?
_é melhor eu não dizer.
_vamu minha fia.
_eu não preciso desse Deus.
_minina!!!
_eu tenho ki ir.(e fui)

sábado, outubro 14, 2006

estou me sentindo extranha hoje.


sasã não perdeu sua força.
mas ganhou uma extranheza legal.

terça-feira, outubro 10, 2006

encontro com coiote

eu amo o amor ao espirito do coiote. meu amor é amar a possibilidade de amar. Que não adjetiva nem substantiva. Que não é definido nem indefinido. É simplesmente vivido. antes que se pense isso ou aquilo, eu me declaro: não quero ficar com o coiote, mas gosto de ficar com o coiote. não sinto saudade, nem ciume e nem inveja. Eu só gosto. Talvez os coites despertem algo que não sabemos o que é e que inicialmente levamos pro mais fácil. Agora sei que o amor é sem necessidade, um amor pelo gosto e totalmente desnecessário. Não é uma grande coisa e nem uma pequena coisa. Não é uma coisa é o que a gente sente. sinto amor pelo coiote. mas sinto amor por tudo e tod@s agora. e não preciso do coiote pra amar.

sexta-feira, outubro 06, 2006

eu e roberto sem cléo e daniel


Não nego que Deus existe, embora você não possa compreender de que forma eu entendo essa existência dele, em nós. Meu problema é arrancá-lo de mim. Mas não sou tolo como a maioria dos pagãos que cortam Deus de si, sem extirpar-lhe a raiz. Sei que é mais dificil, mas sou paciente e tenho coragem suficiente de sobra para isso. A dificuldade maior está em que suas raízes penetram fundo no sexo, no cérebro e no coração da gente. Para arrancá-las, corre-se o risco de trazer junto a essência e o valor dessas três coisas indispensáveis para se continuar vivo. Mas eu vou descobrir um jeito, você vai ver, de arrancar as raízes de Deus de dentro de mim, permanecendo vivo e inteiro.

R. F.

quinta-feira, outubro 05, 2006

eu e roberto e cléo e daniel

o opsto do amor não é a indiferença é a morte... mas o que seria da vida se vivessemos de indiferença? seria morte. seriamos zumbis. viver é amar.

quarta-feira, outubro 04, 2006

eu e roberto e cleo e daniel...

Escrever como se pudesse colocar nas palavras aquilo que sinto sem virgulas tudo de uma vez como vem os pensamentos e as sensações sem regras só com começo e um final. Desde que um amigo me apresentou o coite fiquei muito curiosa pra conhecer cléo e daniel. O coite é como se fosse a possibilidade de viver o instinto sem necessariamente largar a contrução social do ser humano, é como se fosse alguma coisa entre o caos e a ordem algo entre o amor e a morte, sei lá... é alguma coisa que me encanta mas que eu não sei explicar... (uma conversa com roberto ) Uma vez uma pessoa perguntou qual era meu sonho e eu idiotamente querendo responder alguma coisa bonita acabei dizendo uma coisa futil e bem fácil. E essa pessoa ficou frustrada dizendo que ali não tinha juventude que quisesse sonhar em mudar o mundo. aí eu fiquei toda errada... mas hoje eu é que pergunto mudar o mundo pra quê? porquê? pra quem? Não suporto a idéia de mudar o mundo pra uma coisa só, tipo lutar pelo socialismo, comunismo, cristianismo, feminismo, partidarismo, democratismo e até mesmo anarquismo apesar de gostar muito das idéias anarquistas, mas precisamente da pedagogia anarquista de uma política do cotidiano e de um amor de elefantes. Ainda assim não quero mudar o mundo só pra mim eu sou parte do mundo e ele muda junto comigo. aí ele disse algo muito legal nenhum ismo vai salvar ninguém...só o amor...mas eu descobrir que o amor não existe... puta que pariu uma vez uma pessoa tinha dito que amava mas sabia que o amor não existia. (como é isso?!) agora eu entendo mais ou menos o que ele disse, mas preciso conversar mais com o roberto pra entender melhor o que ele diz na verdade eu preciso literalmente encontrar mais o roberto dentro do roberto como hoje no segundo parágrafo de alguma página...

terça-feira, outubro 03, 2006

o que ele tem que me atrai tanto???

Porque eu te amo, tu não precisas de mim. Porque tu me amas, eu não preciso de ti. No amor, jamais nos deixamos completar. Somos, um para o outro deliciosamente desnecessários. (Roberto Freire) *eu amei esse trechinho. P.S: aguardem a série eu e roberto e cléo e daniel.

segunda-feira, outubro 02, 2006

aconteceu de novo...

hoje eu fiquei muito feliz, depois de tanto procurar encontrei cléo e daniel. Graças ao Tur pelo sebos de fortaleza. Eu tava procurando ame e dê vexame e putakipariu! achei cleo e daniel!!!!!!!!!! cara fiquei muito feliz mesmo, esperei até hoje pra ir comprar. mas aí aconteceu de novo (eu me perdi), a gente andou foi muito pra ir num outro sebo e chegando lá tava fechado (kuein kuein kuein!!!) aí ao invés de entrar numa rua ficamos andando na doida até ki de repente " a gente já tava no dragão?!" (kuein kuein kuein!!!) ô putaria ! debaixo daquele solzão (acho ki sou a unica pessoa ki mora em fortaleza há 22 anos e ainda se perde. nã!!! mas valeu a pena hê hê sou caçadora de livros.