segunda-feira, novembro 29, 2010
O que querem as mulheres?
domingo, agosto 22, 2010
terça-feira, junho 01, 2010
Bilhete pra ler ainda quentinho.
quarta-feira, maio 12, 2010
Bicicletando.
segunda-feira, abril 26, 2010
Esfaqueada.
Um dia veio vuando uma faca e entrou direto no meu bucho. Ela é ágil, invisivel. Você nem percebe. Até que você se toca com um tempo o quanto é dificil andar com uma faca enfiada na barriga. A faca ela perfura primeiro a pele, e você sente mas não doi tanto. Incomoda. Mas é só um ardordim. Mas se você deixar a faca entra na carne e aí dói. sai sangue. E te dá medo vê teu próprio sangue assim sainda pra fora do seu corpo. E tudo se torna Faca enfiada no bucho. Nada importa tanto quanto a faca enfiada no bucho. E aí se você deixar ela entra cortando os nervos, o osso até chegar no coração. E aí não tem mais jeito. É só dor. Você se transforma na dor. Tem horas que você cai pra trás e se entrega a faca malvada. Porque arrancar a faca pode doer mais ainda. Até que a dor se torne mais grande que tudo, até que você. Aí se cria uma coragem medonha e se puxa a faca. E rebola ela bem longe. Fica a ferida aberta. mas com o vento ela vai fechando e tudo volta a rodar de novo como antes, só que agora com um pequeno detalhe a marca da pereba. Que é pra você não vacilar de novo.
quarta-feira, abril 21, 2010
O predominante era verde e vermelho.
Quando tava pra sair lá do Quilombo ainda era madrugadinha. Cheguei na casa do carro e uma senhora bonita, calada e olhar pra baixo me ofereceu um café forte e amargo do jeitinho mesmo que eu gosto. Ela era chamada de mulher, esqueceram o nome dela, todos que estavam lá só chamavam ela de muié. E passaram também a me chamar de muiézinha. Parece que por aqui o nome delas não importa muito. Ou elas são simplesmente muié ou são a muié do cumpade Mané Dito por exeplo. Quando o Pau de arara saiu rumo a um novo oriente. O que me parece mesmo é um velho oriente de cidade.
segunda-feira, abril 19, 2010
O espriguiçá do dia.
A de prêmero era só breu. A cum pouco vai ficando cinza. Pra dispois nascer um azul brilhante bunito de se vê. Aí de repente vai se abrindo um oin pequeninim, timiduzim que parece um bichim acuado. Esse zóin que era pequenino vai crescendo de poquim em poquim. A bem mais pra culá abre um oi um pouco maior e com um pouco menos de medo de se arreganhar. E lá pras banda de riba, agora com a toda a corage de se auto parir nasce um OIÃO bem grande que quando se abre se vê um clarão medonho. O oião fica todo arregalado e todos os outros oim vão se abrindo um por um. Daqui prum pouco já tão todos os zóio abertim abertim que tudo nesse mundo vai despertando. E aí nesse momento já não dá mais pra avistá donde que tá cada oim. E vai ficando lá pras banda de cima um imenso amarelado. E num instantim de nada, um tempim de piscar os zôio já tá o diazão claro!
quinta-feira, abril 15, 2010
E era tudo puro a suor e gozo.
terça-feira, abril 06, 2010
A estória do príncipe virou sapo.
Sempre fiquei imaginando um escrivinhado que falasse o contrário porque é isso que geralmente acontece, um sapo que vira príncipe. Mas prefiro um príncipe que virou sapo. Essa não é uma história de contos de fada, como muit@s podem até pensar. É uma história real de contos de bruxa. (gosto mais das bruxas e suas porções mágicas).
Então vamos lá.
Era uma vez um príncipe que namorava obviamente com uma princesa. Ele como todos os príncipes era educadíssíssimo, sempre cavalheiro e cavaleiro. Sempre ia na casa da donzela cortejá-la. Adorava fazer serenatas e alvoradas para sua amada. Sempre de mãos dadas acompanhava sua princesa até a parada da topic. Lavava as louças, tirava a mesa e nunca jamais arrotava na frente da namorada.
E tudo começou num dia qualquer em que o sapo tava brincando numa lagoa e de repente assim do nada se deparou com um belo rosto de uma donzela. Ficou paralisado olhando dentro de seus olhos. Até que como num feitiço ela PAM lhe dá um beijo. E ele no mais que de repente vira um príncipe e lhe toma num namoro daqueles de cadeirinha e tudo. Fica naquela felicidade pra sempre. Até que um belo dia a bruxa fica solta por aí. E ele fascinado pelo voar da vassoura, começa a achar a felicidade eterna um verdadeiro SACO!. Interessa-se mais pelo voar das notas dançantes. Se importa mais em ficar na beira do lago coaxando com suas/ seus amig@s sap@s. Velh@s amig@s da época da boemia girina. Não sabe como e nem quando mas aconteceu. O encanto acabou e a princesa debandou. Aí que o principe viveu uma pequena fossa se embriagando com a tristesa, porque ela sua amada resolveu se casar com outro. E esse sem dispersão boêmicas girinescas. Ou encantos de notas dançantes.
Pobre sapo, de tanto coaxar voltou sua forma de sapo. Na verdade, pobre não. Quando passa a fossa ele se dá conta que é feliz e infeliz assim desse jeitim. Coaxando pelos brejos pé-de-rato. Encontrando cada sapão paloso. Ele vive a cantar e indagar " que sentido tem querer ser companheiro de alguém?". Mas ele é mesmo esse coaxador, encantador que até já encontrou outras donzelas em outras beiras de lago. Mas ele não se metamorfoseia mais em principe. Permanece na sua forma mutante de sapo. E prefere assim. As vezes fere corações apaixonados, mas fazer o quê ser sapo tem os seus encantos e percalços.
E dizem por aí nas mais modestas rodinhas de violão que em noite de lua crescente se escuta o coaxar do sapo encantado nas beiras dos lagos do Oco do mundo...
terça-feira, março 30, 2010
meu caso foi mulher
Um dia desses encontrei uma mulher arrancando os cabelos. fio por fio. fiquei logo aguniada com aquilo. (sabe quando você vê uma pereba bem feia que dá gastura porque parece que dói em você). Fiquei morrendo de vontade de ir até lá e pedí pra ela parar com aquilo, porque era tão aguniante vê-la arrancando os cabelos dolorosamente. caralho!!! pra quê isso? mas continuei na minha inércia só olhando. até que ela arrancou todos os fios com todo o sacrificio do mundo. e numa doidice arrancou as roupas rasgando as peças íntimas. váila! endoidou agora a mulher. e de repente ela saiu correndo que nem uma desesperada e pulou dentro da cacimba. EiTa PaU !!! corri pra tentar salvá -la. num momento muito curto de uma piscadela de olhar percebi meia inútil aquela tentativa de salvamento porque eu nem sabia nadar mesmo. mas continuei indo de qualquer forma. quem sabe lá não tinha corda, sei lá. cheguei na boca da cacimba e olhei pra dentro da cacimba. ela tava serena tomando um banhim bom. mergulhando fundo e se divertindo. fiquei incafifada mais ainda. só pode ser doida mesmo ou então deve beber gás. fazer isso tudo pra tomar banho de cacimba, ainda que ela tivesse tentando se matar eu até entenderia. fiquei esperando. agora mesmo que eu queria saber que diabo era aquilo?! Ela percebeu que eu tava olhando pra ela e nem ligou continuou tomando banho e dando mergulhos. aí me impacientei e gritei um - oi. ela nem ligou. dei um tempo e disse um pouco mais alto - Oi! só respondeu o eco da minha própria voz. aí berrei ainda mais alto - OI tá me ouvindo? e eu só ouvia o eco perguntando o ouvindo? De repente como se fosse uma espécie de calango a mulher careca que se banhava na cacimba vinha subindo as paredes liguentas e cheia de cogumelos, sentou na beira da cacimba e perguntou um pouco seca - o que era? eu pedi desculpa por me intrometer nela mas queria muito saber o porque daquilo tudo. ela me pergunta de volta como se fosse um eco - aquilo tudo o quê? eu de imediata, mais doida ainda pra saberdisse - ora tudo, arrancar os cabelos daquele jeito, arrancar as roupas e rasgar o sutiã e a calcinha. e ela me diz - ah isso (com toda naturalidade). é que meu caso foi mulher. fiquei besta ó. como é que ela sabia da nossa piada interna. tentei barrar minha expressão de espanto. e perguntei - como assim? - cansei! ( ela respondeu) . de tudo isso aqui. dessa competitividade feminina que a gente tem, dessa pressa de ter que acompanhar as roupas, os cabelos, os perfumes. tô afim da minha pele, afim de conhecer novos cheiros, novos amores. pra merda, a minha familia, o meu namorado, o meu trabalho. agora vou me curtir, curtir o mundo e vou curtir mais você. não me importa mais tanto essa bobagens de fardas invisiveis. cansei! CANSEI!!! ela berrou quase dentro do meu ouvido tão alto que quase tive uma pilôra. e daí ela pulou de costa se soltando por inteira na cacimba. e num subito tempo de respirar olhei de novo pra dentro da cacimba. e não vi mais nada e nem ouvi ela cair. chamei. gritei esperando resposta. e não ouvi nada mais que o eco da minha própria voz e não vi mais nada além do meu próprio reflexo.
* ( descrição da tela : uma mulher nua de pele negra, deitada de costas. visualização da costas e do seu bumbum, com paisagem tipo de por do sol, com um olho no mei do céu, traços fortes tipo de carvão. muitas cores. ah detalhe o quadro tá pendurado num guarda roupas). ** tela do loro.
quinta-feira, março 25, 2010
Um contado sobre um am@r livre.
Tava um dia desses conversando sobre as relações-de-poderes-na-nossa-sociedade-contemporânea-capitalista-e-blá-blá. E de repente pensei no am@r. O am@r livre. Geralmente quando se pensa em am@r não se pensa em ser livre amando. Porque geralmente algumas das partes quer mudar a uma ou a outra. E depois o namoro no fim das contas fica me parecendo uma relação de status sei lá.Quer dizer se você não tem namorad@ você deve ter algum problema. Eu não sei não hein. Mas também o am@r livre não tem nada a v com a quantidade de menin@s que você fica. Tem muita gente por aí e por aqui que acham isso mesmo. doidinh@s!
Porque o babado é com a gente, a gente é que tem se relacionar com a liberdade. Imagine se você vivesse uma situação dessas, você ficaria com uma/um menin@ secretamente. Quando ficasse as vontades seguiriam seus instintos. Nunca aconteceu uma D.R. e nem poderia porque não são namorad@s. E se nunca tivesse um EU TE AMO porque não precisaria disso. E se não ouvisse um EU GOSTO DE VOCÊ. Nada disso seria importante. Os abraços já dariam conta de tudo isso. E se você tivesse as certezas e as dúvidas de que não é pra sempre.Tudo o que foi dito antes nem importa tanto. Elas/eles sabem o que cada uma/um sente uma/um pel@ outr@. A uma ou a outra parte é livre também pra imaginar o que a uma ou a outra sente. O que nem é tanto assim, porque se você sente d a outra pode perfeitamente sentir d2 sem problemas conjugais e DRCIONAIS. nã pra quê isso de todo mundo do mesmo jeito. Brigariam por outras coisas. Conversariam sobre tudo menos sobre elas/eles mesm@. Se conectariam pelos instintos. Odiariam andar encangados sempre. Mas tem prazer da companhia uma/um d@ outr@.
Dançariam danças diferentes junt@s e separad@s. E é claro que isso não @s impediria de dançar com outras pessoas até porque ninguém determinou regra alguma de relacionamentos. Aliás nem se saberia o que era aquilo e nem se importariam com isso. Não ligariam se aquelas fossem suas últimas danças. porque nem foram marcados encontros nem nada. Não teria meu caso foi mulher porque não teria sentimento de posse. ah e o melhor ninguém poderia furar seus olhos porque primeiro seus relacionamentos são secretos e momentêneos e outra elas/eles são livres pra fazer aquilo dé na telha.
(***tela do loro.)
sábado, fevereiro 20, 2010
Diário de Carnaval (Parte 1).
sábado gordo.
(não percam os próximos capítulos).
quinta-feira, fevereiro 11, 2010
segunda-feira, fevereiro 08, 2010
o grafiteiro dos fins de tarde.
Todo dia sempre no mesmo horário ele repete o mesmo gesto.