sábado, abril 25, 2009

coisas de mãezinha.


eu chamo minha vó de mãezinha tod@s @s meus prim@s também. eu me alembro(era assim que ela dizia) que ela ficava acordada até tarde fazendo chapéu de palha. fazia um café bem forte e era ela quem pilava o café. acordava cedo pra varrer o terreiro que era grande. e me abençoar era dizer que gostava de mim. pedir a benção pra ela era dizer que eu gostava dela. a primeira vez que eu me perdi tava com minha mãezinha aqui em fortaleza quando tinha uns 4 anos. hoje em dia durmo tarde também por causa dela e sempre lembro dela quando vejo um chapéu de palha. detesto café fraco porque me acostumei com o café dela. não acordo mais cedo e nem peço mais a benção pra ninguém. ainda hoje me perdo muitas vezes mas ontem eu me perdi da mãezinha pra sempre.

quinta-feira, abril 16, 2009

que nem buá.


as vezes que nem buá ela demora se abrir. quando abre é quase se fechando. finalmente ela se abre inteira sem medo nenhum. lá vem ele e pisa nela. ela se fecha todinha e sinto muito meu bem mas acho que talvez não abra mais.

sexta-feira, abril 10, 2009

adora o sim.


dá seu sim pra quem ela quer. só dá seu sim de verdade. negócio de poquim. dá seu não pra trator. os tratores enchem o saco. ele vai com tudo pra cima de uma flor que as vezes fica no meio do nada. fora da roda. os tratores acham mesmo que só porque elas estão lá fora da roda que ela vai se entregar facilmente. sai fora! não! porque? porque não. porque não quer. não quer ir e pronto. sem motivos e nem satifações a dá. enchem o saco! esse tipo de flor adora dá sim. não tem problemas com o sim. mas só dão seu sim quando querem. sim para o sol com sua luz forte e delicada. só dá sim para o vento que se vai sempre. pros tratores sempre não. porque? porque não gosta de tratores. eles não entendem como a luz deve chegar até uma flor. como o vento deve chegar até a flor. as flores entendem bem qual melhor jeito de receber luz e calor. sabe como é bom receber o vento. não vai se contentar em ficar presa num jarrirréi. recebendo vento quando alguém abre a janela. quando alguém abre uma frestinha pra entrar o sol. mas ela também sabe como não é nada fácil encontrar um bom vento que chega mansim, mansim refresca legal e vai embora sem deixar estragos em suas pétalas.

quarta-feira, abril 01, 2009

não me empurra agora vai!


tô com tanto medo.

enquanto ela não vem.

meu medo aumenta a cada dia.

acho que vou morrer de tanto medo.

precisava que você pegasse na minha mão se isso fô verdade.

mas eu acho que vou me fudê sozinha.

e você não vai nem ligar.

sempre é assim.

mas o que eu posso dizer me é que tenho medo.

medo de ter que fazer coisa ruim comigo.